sábado, 13 de setembro de 2014

SEM SENTIDO
Letra: Valdemir Barros


Na rua de ladrilho, sentada sobre a calçada.
Lá estava você sorrindo pra solidão
Como um deserto, tecia a ilusão.

Olhava o céu a rir das mágoas
De uma saudade passageira
Esquecida no rosto da madrugada
Sobre o vento que germina a dor
De um coração sem sentido

Talvez a parte do rosto tenha sobrevivido
A emoção de um rio de beleza
Sobre as colmeias da tristeza
De um passado sem sentido

Sem notar o desencontro
São só lamentos e magoas 
De um coração denso
Que se quebra com encanto de fadas
De um sorriso sem sentido

Como uma rosa em prantos 
Sentia o orvalho cair, vagarosamente.
Na janela noturna entre as fechaduras da porta
Durante um sol ardente de um beco vazio

Trazia na palma da mão 
O desalinho de uma paixão
Revestida da couraça da solidão,
Sem sentido





AMO-TE DE PAIXÃO
Letra: Valdemir Barros


Teu amor enaltece o meu coração
Estou tremendamente lisonjeado
Os nossos momentos são efervescentes
A tristeza e a alegria são nossos altos e baixos
Ora choramos ora rimos

Nosso amor caminha para a perfeição
Por que fomos inventados um para o outro
Nossa vida é uma roda gigante 
Que carrega a razão e a emoção

Sinto o meu coração em chamas
Incandescente como uma lareira 
Jamais quero te perder pela ingratidão
Por que somos a essência da paixão

Sem você não consigo caminhar
É você quem me dá luz 
E me faz respirar
Tudo está em suas mãos
A sina do amanhecer e do anoitecer

Sou apenas um aprendiz nessa roda-viva 
Você me faz vestir a couraça do amor

Amo-te de paixão

LABIRINTO
Letra: Valdemir Barros


Meu coração parece um labirinto
Sinto um vazio constante
Já não consigo pensar
Não sei se vai rolar esse amor de primavera
Talvez seja obscuro o meu jeito de amar

Meus olhos choram lágrimas cristalinas
Sinto a emoção e a razão me abraçarem
Nesta estrada sorrateira
Entre os trilhos da ilusão

Há um labirinto misterioso que nos faz sentir só
Como um viajante na imensidão do deserto
O silêncio nos invade com o nascer da solidão
Maltratando esse coração dilacerado

Parece um túnel do tempo mal iluminado
Meu coração já não brilha mais
Não tem cor e  nem  pulsa mais
Estou descalço na beira do abismo

Sinto-me perdido com o coração atado
Estou de olhos vendados
Neste labirinto de dor
O sol se esconde da lua
Assim é o nosso amor

Um eclipse em tom cinza