SEM SENTIDO
Letra: Valdemir Barros
Na rua de ladrilho, sentada sobre a calçada.
Lá estava você sorrindo pra solidão
Como um deserto, tecia a ilusão.
Olhava o céu a rir das mágoas
De uma saudade passageira
Esquecida no rosto da madrugada
Sobre o vento que germina a dor
De um coração sem sentido
Talvez a parte do rosto tenha sobrevivido
A emoção de um rio de beleza
Sobre as colmeias da tristeza
De um passado sem sentido
Sem notar o desencontro
São só lamentos e magoas
De um coração denso
Que se quebra com encanto de fadas
De um sorriso sem sentido
Como uma rosa em prantos
Sentia o orvalho cair, vagarosamente.
Na janela noturna entre as fechaduras da porta
Durante um sol ardente de um beco vazio
Trazia na palma da mão
O desalinho de uma paixão
Revestida da couraça da solidão,
Sem sentido