sábado, 13 de setembro de 2014

SEM SENTIDO
Letra: Valdemir Barros


Na rua de ladrilho, sentada sobre a calçada.
Lá estava você sorrindo pra solidão
Como um deserto, tecia a ilusão.

Olhava o céu a rir das mágoas
De uma saudade passageira
Esquecida no rosto da madrugada
Sobre o vento que germina a dor
De um coração sem sentido

Talvez a parte do rosto tenha sobrevivido
A emoção de um rio de beleza
Sobre as colmeias da tristeza
De um passado sem sentido

Sem notar o desencontro
São só lamentos e magoas 
De um coração denso
Que se quebra com encanto de fadas
De um sorriso sem sentido

Como uma rosa em prantos 
Sentia o orvalho cair, vagarosamente.
Na janela noturna entre as fechaduras da porta
Durante um sol ardente de um beco vazio

Trazia na palma da mão 
O desalinho de uma paixão
Revestida da couraça da solidão,
Sem sentido





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